Partida virtual, sentimento real!


Sempre me indaguei sobre o que faz o ser humano torcer por um time de futebol até o ponto extremo de criar intrigas profundas com quem diz ao menos uma chacota com sua equipe. Hoje em dia essa dúvida me incomoda ainda mais, porque todos já ouvimos falar dos acordos nos bastidores para favorecer algum time, e ainda no ano passado era destaque nos noticiários de TV a Máfia do Apito, criada por alguns árbitros corrompidos a fim de manipular os resultados. Tudo isso veio a complicar ainda mais minha dúvida.

Qual a lógica em torcer por um time cuja única coisa fixa nele é o escudo que o representa? Sim, porque é comum a mudança de técnicos em quase todas as temporadas. Os jogadores dificilmente passam mais de seis meses na mesma equipe, e quando menos esperamos lá estão eles jogando ou treinando o nosso principal rival. Como explicar a paixão doentia por um escudo com tudo isso que acontece em nossos dias?

Não sei bem quais as respostas para essas dúvidas que tanto me intrigam. O que posso afirmar é que sou um desses torcedores que não entendem essa lógica, e que às vezes é capaz de discutir aos gritos tentando convencer seja lá quem for que minha equipe é a mais preparada, ou de justificar sua derrota em salários atrasados, falta de apoio da torcida e até por companhias conhecidas como “pé-frio” na hora do jogo.

Tudo isso torna a vida ainda mais interessante e nos leva a refletir intensamente sobre a influência do imaginário em nossa realidade. De outra forma como explicaríamos que tantas falcatruas e jogos de cartas marcadas nos fizessem chegar ao extremo de chorar de raiva ou até de alegria sem afetar o nosso bom senso?

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