Pac-Pac-Pac!
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A dimensão e os passos
Quando queremos chegar a um determinado lugar, primeiro é preciso conhecer o caminho (seja através de um mapa ou não), depois é necessário estar preparado para cada passo que se vai dar, pois não adianta muito imaginar o lugar onde pretendemos chegar ignorando o que se fará indispensável para tal objetivo.
São inúmeras às vezes na vida em que ficamos estagnados diante de um projeto por não darmos o passo inicial. O resto da caminhada é sem dúvida importante, mas nada é tão essencial quanto o primeiro passo. Afinal, jamais chegaremos ao segundo passo sem ter dado o primeiro antes, e dele depende todo o nosso percurso. O inicio da caminhada é a chave, pois se forçarmos demais nossas passadas acabaremos por ficar cansados antes de chegarmos ao nosso objetivo, e ai geralmente paramos. Por isso é indispensável o controle do ritmo que damos ao nosso primeiro passo, dele depende toda a caminhada. Se controlarmos bem todo o processo inicial, da metade para o fim poderemos dar uma arrancada rumo ao que se é almejado.
Observando bem até nas maratonas que vemos na TV é assim: os que começam mais entusiasmos e não medem as conseqüências dos seus passos logo em seguida começam a ser deixados para trás. Já os que desde o começo tem consciência do percurso que os aguarda, são mais moderados e garantem um bom ritmo sem comprometer seu objetivo principal que é a chegada.
O autoconhecimento se faz indispensável para enfrentar os desafios. Ter paciência e conhecer a dimensão de onde se pretende chegar é fundamental, só assim podemos medir os passos, sabendo explorá-los na hora em que mais for preciso. Todos nós possuímos limites e é preciso observá-los com cuidado para não ultrapassarmos o que nos é permitido, nem nos limitarmos quando poderíamos ir mais longe.
Sei que essas medidas já estão vulgarizadas pelo excesso de pregação, mas nunca é demais lembrar que só ficarão no reino das idéias enquanto não dermos o primeiro passo. Quando a chuva cai para todos; planta quem quer. Sementes não faltam...
A Lista
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você
Clube Literário
Há pouco mais de um mês convidei alguns amigos para que fizéssemos dessas reuniões uma constante em nossos encontros, apesar de alguns atropelos, acredito que começaremos em breve a aprender, entre outras coisas, a respeitar mais as opiniões, a enxergar pelos mais variados ângulos uma mesma situação e a conhecer mais profundamente nossa literatura.
Para a criação de um grupo assim apenas é preciso pessoas interessadas e comprometidas com o seu principal objetivo que é a extração de um melhor conhecimento. Um estatuto para o Clube pode ser uma boa saída para organizar mais os debates e a manutenção do mesmo.
Está ai uma idéia que deixo também para os leitores do AsforaBlog.
O absolutismo do rei
Em alguns países, principalmente nos ditos desenvolvidos, esse tipo de atitude causaria uma repercussão muito negativa para o artista, pois o público não enxerga coisa mais natural que conhecer profundamente a vida de suas personalidades. No caso do Brasil, o “rei” se nega a mostrar o que há por trás da “coroa”. Pior ainda, não teve nem a consideração de ler um trabalho dificilmente obtido por seu fã.
O "rei" tem feito réus! Poucos sabem, mas faz menos de quinze dias que Roberto Carlos também vetou a reprodução de algumas letras de suas músicas num CD que não tinha fins lucrativos, aqui mesmo na nossa Paraíba. Desta vez o réu na ação foi o colunista Abelardo Jurema.
Todos nós queremos privacidade na vida e temos o direito de preservá-la quando de certa forma alguém tenta invadi-la. Porém, quando se trata de uma celebridade a coisa muda um pouco de figura. No caso, como se é uma pessoa pública se torna inevitável que seus caminhos sejam observados. E isso não é nenhum crime, desde que sejam respeitados os limites do senso comum.
A imagem que fica é a seguinte: o “rei” quer decidir absolutamente sozinho qual a imagem que ficará para ilustrar seu reinado, desconsiderando a curiosidade de seus fãs em conhecer mais um pouco a sua trajetória.
Clique aqui para visualizar uma charge feita pela talentosa equipe da Charges.com.br
Violência: o que falta e o que sobra
Para lembrar o nosso Presidente Lula, “nunca na história desse país” se viu tanta violência. Todos os dias pessoas saem assombradas das suas casas temendo a ação de marginais. Hoje o bandido pode ou não está de gravata, pois aprendeu com a sociedade desde cedo a manipular as aparências e driblar o preconceito (cito isso apenas para exemplificar o que fazem as vítimas da segregação social, excluindo os que por falta de caráter e consciência optam pelo crime).
O que será que tem levado tantas pessoas à marginalidade? É simples, a falta de condições essenciais para se ter uma vida digna, ou seja; emprego, saúde, moradia, lazer, etc. Enquanto uma pequena burguesia cada vez mais freqüenta shopping centers, esbanjando futilidade, cheios de seguranças e “distantes da realidade social” da maioria da população, muitos só enxergam sua ascensão ao indispensável pela porta da violência, às vezes até para garantir sua incerta alimentação.
Cercas elétricas, mais policiais, maior repressão, só vão nos trazer maiores dores de cabeça. Não se pode ignorar o mundo a nossa volta, pois um dia ele desaba sobre nós. A responsabilidade por uma mudança significativa no quadro atual é nossa. O que é preciso é agir de uma forma mais enérgica na busca pela igualdade social. Não existe solução mágica para isso, porém a fórmula para o caos e a insegurança nós já adquirimos(concentração da renda), resta caminharmos no caminho oposto.
Onde faltam garantias de uma vida digna, sobrará meios para se atingir o fim de uma existência igualitária e mais humana.