Violência: o que falta e o que sobra

Nossa Paraíba tem virado nos últimos tempos um campo de batalha entre bandidos e policiais. Bandos invadem diariamente casas, lojas, bancos, etc. Os motivos para justificar o que vem ocorrendo são muitos, mas não são recentes. Alguns culpam a falta de equipamentos para a polícia, outros preferem criticar a escassez de pessoal em ação, mas o que de fato existe é uma violência crescente e que se apresenta das mais variadas e assustadoras formas.

Para lembrar o nosso Presidente Lula, “nunca na história desse país” se viu tanta violência. Todos os dias pessoas saem assombradas das suas casas temendo a ação de marginais. Hoje o bandido pode ou não está de gravata, pois aprendeu com a sociedade desde cedo a manipular as aparências e driblar o preconceito (cito isso apenas para exemplificar o que fazem as vítimas da segregação social, excluindo os que por falta de caráter e consciência optam pelo crime).

O que será que tem levado tantas pessoas à marginalidade? É simples, a falta de condições essenciais para se ter uma vida digna, ou seja; emprego, saúde, moradia, lazer, etc. Enquanto uma pequena burguesia cada vez mais freqüenta shopping centers, esbanjando futilidade, cheios de seguranças e “distantes da realidade social” da maioria da população, muitos só enxergam sua ascensão ao indispensável pela porta da violência, às vezes até para garantir sua incerta alimentação.

Cercas elétricas, mais policiais, maior repressão, só vão nos trazer maiores dores de cabeça. Não se pode ignorar o mundo a nossa volta, pois um dia ele desaba sobre nós. A responsabilidade por uma mudança significativa no quadro atual é nossa. O que é preciso é agir de uma forma mais enérgica na busca pela igualdade social. Não existe solução mágica para isso, porém a fórmula para o caos e a insegurança nós já adquirimos(concentração da renda), resta caminharmos no caminho oposto.

Onde faltam garantias de uma vida digna, sobrará meios para se atingir o fim de uma existência igualitária e mais humana.

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