A voz da prática

A arte da política é atraente, mas, ainda mais que isso, revela o perfil da democracia que temos e aponta a que queremos. O mais interessante, é que o resultado de nossas escolhas não são refletidos apenas na apuração das urnas, mas durante todo o processo que antecede a ela. 

O excesso de artimanhas, joguetes e fisiologismos partidários, exaustivamente explorados nos meios de comunicação, são os principais combustíveis para “incinerar” as novas e as renovadas apostas de mudança em nossa cultura política. 

Já reparou que a descrença estimula a manutenção do sistema falido que subsiste hoje? A desigualdade social, a insegurança, a baixa qualidade da nossa educação, etc; são reflexos diretos, mais do que dos votos, dos costumes e hábitos arraigados em nossa sociedade – tudo devidamente nutrido pela covarde acomodação que é imobilizada pela descrença. Somos, constantemente, treinados para achar tudo isso comum. 

Preste atenção em quem procura o seu voto. O discurso probo se coaduna com as práticas? Até que ponto a credibilidade de suas palavras merecem valor? Isso pode indicar, de maneira eficiente, o que está por trás da máscara produzida pelos publicitários. 

Aposto na prática, ecoada nos discursos, como antídoto para que possamos abranger novos e melhores horizontes. O tempo atestará se o caminho certo é esse escolhido. No entanto, os pequenos sinais, emitidos em todos os lugares, já reforçam que a direção é acertada. 

Acredito fielmente que podemos e vamos construir uma sociedade mais justa e igualitária, e, por isso mesmo, vislumbro na coerência, entre o discurso e a atitude, a oportunidade mais eficiente para que esse sonho, transbordante de esperanças, vire realidade.

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