Em Campina, o orgulho de realizar tal festejo se mistura ao entusiasmo dos seus habitantes em participar do movimentado e rápido mês junino. Todavia, é preciso ampliar e fortalecer o evento, pois o seu diferencial sempre esteve no pioneirismo e na amplitude do formato.
A festa de São João, acima de tudo por ter perfil cultural, é comum em todo o nordeste. Na Rainha da Borborema, especialmente, consolidou-se como referência para todo o país pela dimensão da festa e toda a estrutura que oferece. Tal realidade, no entanto, é a cada ano ameaçada pela proliferação de festejos com formatos semelhantes e, principalmente no nosso caso, pela falta de incentivo do Poder Público.
Se falta ao governo estadual a liberação de recursos que financiem o evento, tem faltado a prefeitura a concepção de um projeto digno e amplo, que encare o nosso maior patrimônio turístico como realmente deve ser: expressão cultural, principal reforço para o comércio local e oportunidade de lazer para os que dela tem o direito de participar.
É louvável a iniciativa da PMCG em investir numa melhor estruturação do Parque do Povo, casa maior da nossa festa. As críticas aos investimentos podem e devem ser ouvidas, mas jamais devem ignorar o que foi realizado. Mas, será “O Maior São João do Mundo” apenas isso?
O Trem do Forró, o Salão de Artesanato, o Sítio São João e as quadrilhas juninas também fazem parte desse grande evento, e poderiam receber melhorias e incentivos que agregassem ainda mais valor a ele.
O distrito de Galante, em especial, deve receber mais investimentos na estruturação da praça que recepciona o Trem do Forró – o que também serviria para os habitantes do distrito como equipamento de lazer e convívio o ano inteiro.
As quadrilhas juninas precisam contar com um incentivo contundente, inclusive da iniciativa privada, envolvendo e estimulando os nossos habitantes no fortalecimento dessa cultura, que deságua no evento de junho. Neste caso, a mídia local também deveria ser chamada para dar a sua contribuição.
O comércio deve ser “atiçado”, por meio de um programa de governo municipal, em parceira com o estadual, para apostar na ornamentação e reforçar o espírito junino da cidade: as melhores e mais criativas ornamentações receberiam isenções nos impostos municipais e estaduais, por exemplo.
O leque de sugestões é amplo, e o debate deve ser posto, pois é obrigação nossa cuidar desse patrimônio; sugerindo, analisando e cobrando projetos e ideias; sempre buscando aprimorar o evento e ampliar a sua força. É o preço para se manter grande e se projetar maior – eterna matéria-prima do Maior São João do Mundo. Todos ganharemos com isso...
Ótimo texto. Parabéns!
ResponderExcluirRealmente estávamos precisando modernizar nosso Parque do Povo, ou seja, investir numa infra-estrutura mais confortável e segura para a população campinense e o turista.
Descentralizar a festa para os bairros mais populosos da cidade, revitalizando com isso o tradicional São João de Rua e também o fortalecimento do laço com a iniciativa privada, visando assim incrementar o comércio e o serviço locais são ideias que sempre defendo.
Apesar de sermos o maior, não podemos nos descuidar da concorrência. As festas juninas de Caruaru, nosso principal concorrente, Mossoró e Aracaju vem numa crescente há anos.
Ficar nessa confortável posição de líder nunca é bom, pois corremos o risco de pararmos no tempo enquanto que nossas cidades rivais evoluem e inovam cada vez mais.
O Maior São João do Mundo não é apenas uma festa que dura 30 dias. É um patrimônio que orgulha todo o povo paraibano.
E viva Santo Antônio, São Pedro e São João!