União: política ou conjugal


Política envolve paixão e, assim sendo, foge bastante do campo da necessária racionalidade. A regra é essa, no entanto, existem as uniões/casamentos arranjados, em que a noiva ou o partido se veem forçados a formalizar um compromisso por circunstâncias alheias as suas vontades ou sentimentos.

Na Paraíba, temos vivenciado bastante esse tipo de tratamento, principalmente no que se refere as coligações político-partidárias. Várias siglas, como a menina que sofre imposição dos pais, tem partido para apoiar o grupo “A” ou “B” por determinação do que se acorda nas cúpulas partidárias. 

Como na vida de um casal, esse tipo de realidade também gera reflexos nas forçadas alianças feitas de última hora, mas recheadas e motivadas por interesses antigos – cultivando a semelhança política/relação conjugal, já que muitas vezes essas parcerias são sacramentadas a preço de ouro. 

Tal como no casamento arranjado, a aliança imposta gera um elo frágil e superficial, onde, não muito raro, se vive de aparências e com uma contagem regressiva, bastante anunciada, para o seu fim. É a receita para o fracasso, pois não empolga os nubentes. Além de facilitar e nutrir as traições.

O correto é ouvir o que clama as partes; se buscam o mesmo projeto, e, assim sendo, trabalhar nas diferenças motivado pelas semelhanças. O sucesso de uma aliança, política ou conjugal, depende muito da afinidade de pensamentos. Forçar o inconciliável é perder tempo, seja de vida ou de TV...

Um comentário:

  1. Anônimo12:24 PM

    Segue o teu destino,
    Rega as tuas plantas,
    Ama as tuas rosas.
    O resto é a sombra
    De árvores alheias.

    (Fernando Pessoa)

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