Os
movimentos comunitários representam a essência da boa democracia.
Nele os anseios da população encontram representação mais direta
e legítima; e a lógica que o define é simples - é a proximidade
que torna o meio mais sincero, tal como o fogo passa mais calor ao
objeto mais próximo.
De todo
modo, me refiro ao movimento real, erigido verdadeiramente pela
comunidade – sem manipulação de terceiros ou interesses escusos.
São nessas agremiações que aposto para a consolidação de um novo
momento político, onde se apontam as prioridades coletivas, para a
melhora da realidade dos que precisam, de fato, da atenção
privilegiada do poder público.
As
prefeituras e as câmaras de vereadores deveriam ter mecanismos mais
eficientes de canalizar e sintetizar essas vozes, que gritam
abraçadas, em nome de um amanhã melhor. As redes sociais podem e
devem ajudar, mas é preciso organizar mais essa interlocução,
tornando-a mais transparente - além de ouvir a voz, é indispensável
mostrar quem a emite.
Interessante
observar que estes movimentos existem em bom número, mas poucos têm
espaço nos noticiários, talvez porque a pauta que a maioria destes
abrange sejam mais voltadas para projetos meramente políticos, em
detrimento do que, essencialmente, representa e clama a sociedade.
É
preciso ouvir e praticar o que os movimentos sociais de base esboçam,
alçando-lhes a condição que merecem: verdadeiros detentores do
poder, que emitem a direção do que deve ser priorizado. Sem
falácia, sem superficialidade; na real; pela realidade.
Acredito
que assim construiremos dias melhores. Vamos ampliar os debates,
saindo dos muros das concepções pontuais e enxergando como um todo
aquilo que deve ser para todos.
Asfora,
ResponderExcluirParabéns pelo texto. Quantas vozes não são escutadas diariamente? Impossível numerar e nomear.
Ultimamente tenho pensado com receio de o pensamento ser certo no caminho de que perdemos o caminho do diálogo. Existe uma preferência pelo embate ao debate. Nega-se o diálogo.
Seu texto nos deixa a inquietação de para onde esta sociedade que não tem o diálogo como meio pode chegar?
Forte abraço,
Júnior
Prezado Asfora Neto,
ResponderExcluirVocê tem toda razão ao valorizar a participação comunitária de base, através das suas organizações. É importante para a cidadania e para a consolidação da democracia.
Em Campina Grande, as sociedades de amigos de bairro (SAB's) já foram muito atuantes na cidade, mas hoje estão praticamente ausentes da vida da comunidade.
Lamentavelmente, muitas entidades e instituições se encontram partidarizadas, aparelhadas, e são instrumentalizadas para fins privados, de partidos e de grupos.
Daí porque não desempenham o papel que poderiam exercer, e cujo potencial você tão bem destaca no seu texto. É preciso lutar pela autonomia das entidades e instituições.
Acredito que, quanto mais educação e mais informação cheguem até a população, mais ela poderá participar, de forma consciente e cidadã, dos processos democráticos, das eleições e da vida social e comunitária.
Meus parabéns pelo blog e pelo seu interesse pelas questões da política e da sociedade.
Saudações,
Mário Araújo Filho.
CONCORDO PLENAMENTE CARO AMIGO PARABÉNS PELO BELÍSSIMO TEXTO...
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