É assim, inconformado com as convenções, que o poeta enxerga o mundo. Não o acompanha a frieza dos céticos, mas incorpora a essência das coisas. É um ser livre pelo modo de encarar a vida e ao mesmo tempo preso pela sintonia que o mantém em freqüência com tudo.
Sente a alma do que existe: quando alegre, torna-se alegria; quando triste, é a tristeza! Personifica-se ao sentimento mostrando desprendimento com o que considera trivial.
Como diria tio Ricardo, “o poeta, da mesma forma que pode chegar ao paraíso descrevendo uma simples flor, pode alcançar o purgatório relatando uma situação que para muitos seria indiferente”. Por sinal, tio, nunca vi descrição tão poética!
Assim sendo, continuo aqui,
Meio poeta; e talvez não.
Sem saber como mentir:
Tudo pra mim é ilusão!
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